domingo, 2 de novembro de 2014

2° Encontro da Rede Alcar Centro-Oeste começa com apresentação de documentários

Na última quinta-feira [30] teve início o 2º Encontro da Rede Alcar, com o tema "50 anos do Golpe Militar no Brasil". Antes da abertura oficial, às 19h30, foi realizado um “esquenta” com os estudantes da Universidade Federal de Mato Grosso [UFMT].

O evento começou na parte da manhã, às 9h, no Anfiteatro do Instituto de Linguagens [IL], com a apresentação do filme Vlado, trinta anos depois. Por meio de depoimentos de familiares e companheiros de trabalho, o filme do diretor João Batista de Andrade conta a história do jornalista Vladimir Herzog, morto durante a ditadura militar.



Na cena, Clarice Herzog, esposa de Vlado.
[Foto: Helen Raquel - 6° semestre/JOR]




Durante a sessão, estiveram presentes estudantes e professores do curso de Comunicação. Ana Carolina, que cursa Radialismo, assistiu ao filme pela primeira vez e comentou: “Eu me coloquei no lugar deles. Se a ditadura voltasse, eu não desistiria da profissão e tentaria trabalhar de uma forma positiva pelo país, pela população, usando a minha função. Nós temos a felicidade de poder denunciar e ajudar, mesmo correndo o risco de ser torturada em um contexto de ditadura”.



Prof. Paulo da Rocha [à esquerda], após o filme, comenta a relação entre ditadura militar e jornalismo. Ao lado, Prof. Diego Beraldi, coordenador da sessão Cine Documentário, atividade que abriu a Alcar Centro-Oeste
[Foto: Helen Raquel - 6° semestre/JOR]


O "esquenta" continuou na parte da tarde, às 15h, com a apresentação do filme Diário de uma busca, que retrata a história de vida e morte do jornalista Celso Castro a partir da perspectiva de sua filha, Flávia Castro, que dirigiu o filme.

Sobre a escolha dos filmes, o professor responsável pela sessão, Diego Beraldi, afirmou que entre tantas opções da filmografia brasileira sobre o tema, esses dois se destacam. Sobre a aprovação do público a Diário de uma busca, Diego acredita que é pelo fato da abordagem do tema ser diferenciada, justamente por se tratar de um material feito a partir das memórias da filha, que, na época em que o pai morreu, ainda era uma criança.

Por HELEN RAQUEL do blog 6jorUFMT